Ser acumulador não é o mesmo que ser bagunceiro. Há uma grande diferença, pois ser acumulador é ter um transtorno, uma síndrome que desencadeia um problema social.
É fato também que outros fatores podem desencadear a Acumulação Compulsiva, como carências emocionais, isolamento social (que se agrava com a evolução da situação de Acumulador), entre outros. Como já foi citado, cada caso requer uma análise cuidadosa e particular. O foco do tratamento deve ser sempre, independente do tipo da abordagem, voltado para o cuidado do indivíduo em primeiro lugar. Neste sentido, uma das primeiras etapas é o restabelecimento de vínculos perdidos com a família, amigos, enfim, com o “mundo exterior”. Respeitar os limites e o ritmo de cada um é fundamental para o sucesso do tratamento.
Quais os sinais do Acúmulo Compulsivo?
- Acúmulo sem organização, utilidade ou lógica pré-estabelecidas – ao contrário do colecionismo ou mesmo do TOC, em que se observa a existência de um ritual.
- Incapacidade de jogar fora objetos ou doar animais recolhidos em excesso.
- Perda de controle sobre o que foi recolhido – a insalubridade passa a caracterizar uma condição de vida.
- O propósito da moradia é desvirtuado – todos os ambientes são gradativamente deteriorados e ocupados para abrigar o que é acumulado.
- Opção pelo isolamento, geralmente após o confronto por familiares, amigos ou vizinhos – a perda dos vínculos de convívio social é motivada por vergonha ou pela incapacidade de lidar com o problema.
- Prejuízo da crítica, com falta de percepção e grande resistência para aceitar que o acúmulo seja um problema – o nível de gravidade de cada caso será determinante para definir como sensibilizar a pessoa e conseguir dar o encaminhamento adequado.
Meu objetivo através do trabalho que desenvolvo juntamente com a minha especialização com acumuladores é melhorar a qualidade de vida destas pessoas para que, através da organização, elas tenham maior autonomia sobre seu tempo e sua vida.